Maçonaria expõe parte da sua história (p)reservada em São Cristóvão
Posted by      02/24/2025 21:04:40    Comentários 0
Maçonaria expõe parte da sua história (p)reservada em São Cristóvão

Um imponente prédio com fachada escondida pela Linha Vermelha revela algumas curiosidades inesperadas para muitos profanos (como são chamados os não iniciados na maçonaria) e até mesmo para maçons. No número 114 da Rua Campo de São Cristóvão, no bairro imperial, funciona o Centro Cultural Maçônico, que além de expor obras e a história da maçonaria, é a sede do Supremo Conselho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito, onde se reúnem e estudam os maçons dos graus filosóficos — que começam no nível 4 e vão até o 33 .

 

 

Tudo é comandado por Enyr de Jesus da Costa e Silva, um dentista de 84 anos que tem o título vitalício de Soberano Grande Comendador e que lidera o Santo Império, uma espécie de secretariado formado por nove maçons responsáveis por áreas administrativas, de cultura e de comunicação. A intenção do museu é desmistificar preconceitos.

 

— As pessoas criaram um mito contra a maçonaria, inclusive envolvendo sacrifícios, que não procedem. Abrimos o Centro para mostrar o que temos preservado. A maçonaria não é secreta, tem CNPJ e endereço conhecido. Ela é discreta — revela.

 

A visita guiada começa pela Câmara Filosófica do Santo Império, onde Enyr se reúne com seus “ministros” para tomar decisões administrativas. A sala, retangular, como a maioria dos templos maçônicos, é decorada com 14 quadros pintados em óleo sobre tela. As pinturas contam, com auxilio de símbolos da Ordem Maçônica, um pouco da evolução humana citanto os cavaleiros templários e o Rei Salomão, que inspira a simbologia maçônica.

 

Ao fundo da Câmara fica o altar do Soberano. Enyr senta-se diante de uma mesa de madeira protegida por duas espadas. À sua direita fica a bandeira do Brasil e à esquerda o estandarte do Supremo Conselho. O trono é dourado, cravejado de pedras e revestido com tecido aveludado e vermelho. Acima da cabeça de Enyr fica um brasão com uma águia de duas cabeças, que simboliza a visão de 360 graus, e uma capa vermelha envolta por uma coroa abaixo do número 33. Ao centro da sala fica uma bíblia, para representar a fé em Deus que é exigida dos maçons.

 

— A bíblia é o Livro da Lei. Está presente em todos os templos do mundo. Nos países judeus é usado o Torá e nos muçulmanos é usado o Alcorão — exemplifica Enyr.

 

No canto direito da sala está uma escultura de um bode. Embora o animal não faça parte da liturgia da maçonaria, foi adotado carinhosamente pelos maçons, que aceitam a designação com bom humor.

 

— O bode é simbólico, pois sobrevive em condições adversas, como as que muitos maçons passaram durante a inquisição e precisaram ser perseverantes para sobreviver — explica o Grande Chanceler Antônio Carlos Barbosa Ramos.

 

Na sala principal do Centro Cultural, a recepção é feita por um manequim usando paramentos do Soberano . As paredes são repletas de quadros com imagens de maçons famosos, como Dom Pedro I, Rui Barbosa, Duque de Caxias e outros que, segundo a maçonaria, trabalharam para libertação dos escravos e pela independência do Brasil. Um busto em destaque mostra José Bonifácio de Andrada e Silva.

 

Mesas guardam vasos decorativos e armários guardam pratos pintados com símbolos maçônicos, entre eles o crânio.

 

— O crânio tem uma simbologia. Representa a morte das fraquezas, das paixões, dos erros e dos defeitos. Nos chama para a reflexão e nos dá uma lição de humildade. É um nivelador dos seres humanos, afinal, a morte chega para todos — diz o Grande Secretário de Cultura, Ezequiel de Oliveira Filho.

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